segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

VERNISSAGE DE ROSALICE AZEVEDO E GIL MÁRIO NO RESTAURANTE VIVAS


Foto: Série Filotes de Rosalice Azevedo
Foto: Vegetação Nordestina de Gil Mário
Nesta quarta-feira, dia 14, das 19 às 21 horas, no Restaurante Vivas, com curadoria de Ligia Motta, acontece abertura da exposição dos artistas Rosalice Azevedo e Gil Mário, dois artistas que dispensam comentário por se destacarem nas artes plásticas feirense. Rosalice Azevedo é formada em Artes Plásticas pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), possui um vasto currículo, que engloba atividades artísticas, com destaque para a pintura, participações em salões, inúmeras exposições coletivas e individuais. Sobre a artista fala César Romero: Do sacro, ao profano. Da figura humana, ao cotidiano, dores e esperanças das pessoas simples, às cidades com suas construções e urgências. O que não muda é o trabalho com as cores. Quentes, vibrantes, muitas vezes alegres, outras, incisivas. Sua palheta não se restringe a poucos tons. Amarelos, azuis, vermelhos, verdes, cinzas e roxos se unem na busca pela melhor forma de expressão ou de tradução das emoções e conflitos comuns a cada um de nós...
Gil Mario é formado em Licenciatura de Desenho e Plástica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), já participou de 102 coletivas, 25 individuais em todo o Brasil. São 48 anos de artes plásticas e 36 de exposições. No texto de Edvaldo Boabentura: Gil Mário se revela a partir de sua terra. Tem exposto em outros lugares, mas sempre constrói a partir do ambiente de suas raízes e de sua gente. Desde cedo foi um vocacionado para a pintura, inclinou-se para o traço e para o manuseio nunca fácil do óleo. Ontem, com matérias edificava maquetes, hoje, com tintas e pincéis, recria o seu mundo ecológico de fauna e flora. Solta os pássaros na tela envolvidos nos talos das plantas. E de onde vêm esses pássaros? Só sabemos que eles chegam e continuam voando...
Com certeza será uma noite inesquecível, reunindo amigos e muita arte de qualidade.

Convite

O Restaurante VIVAS através de seus proprietários, Ana Lybia e Iran, convidam amigos e clientes para o vernissage dos artistas plásticos Gil Mário e Rosalice Azevedo, dia 14 de dezembro de 2011, quarta-feira, das 19 às 21 horas.
Curadoria: Ligia Motta
Endereço: Rua São Domingos, nº 865, Santa Mônica - Fone: 3616-3000
O restaurante permanece com o serviço normal a partir das 21 horas.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Gil Mário e Rosalice Azevedo no Restaurante VIVAS

                                A nova fase  de Rosalice Azevedo
                                                                                                          
                                                  Árvore encapsulada do artista Gil Mário

Com a proposta de levar a arte até o público e diversificando os espaços tradicionais de exposições, o Restaurante Vivas, localizado na rua São Domingos, hoje um ponto prazeroso para degustar uma boa comida, proporcionará aos convidados e amigos, no dia 14 de dezembro, quarta-feira, uma exposição dos artistas plásticos Gil Mário e Rosalice Azevedo, com curadoria de Ligia Motta.
O espaço será preenchido com mais de vinte trabalhos de grandes dimensões, permitindo ao observador das artes, um momento de análise e motivador para reunir amigos e familiares.
Alguns trabalhos vão do figurativo ao abstrato proporcionando grande diversidade de informações artísticas. Com isto, os proprietários do Restaurante Vivas, Ana Lybia e Iran, resolveram compartilhar com o feirense uma noite cultural com requinte do chefe de uma da cozinhas mais festejadas.
O vernissage acontece das 19 às 21 horas, após este horário o Vivas volta ao funcionamento normal.

domingo, 20 de novembro de 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Lembranças de Momentos da Carreira de Gil Mário

Foto 1: Noite de vernissage do grande artista Chico Anísio, na Época Galeria de Arte, em Salvador/BA

Foto 2: Artista Floriano Teixeira, com Alice Teixeira, no vernissage de Gil Mario, na Galeria O Cavalete em Salvador/BA

quarta-feira, 15 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

UEFS 35 Anos: Uma Construção Coletiva



Foto: Sra. Marisa Queiroz, esposa do homenageado Fernando Pinto de Queiroz e o Reitor José Carlos Barreto

É motivo de orgulho para qualquer professor, funcionário ou aluno, lembrar que fizeram parte da implantação da UEFS, participando da primeira aula inaugural proferida em 1976, graças ao Decreto 77496, publicado no Diário Oficial da União do dia 27 de abril, autorizando o funcionamento da nova instituição de ensino. Eu, Gil Mário de Oliveira Menezes e vários membros da minha família sentimos orgulho deste grande momento para Feira de Santana.
Reporto-me há 1969, quando o Dr. Geraldo Leite teve oficialmente a satisfação de ver publicado no diário oficial de 29 de novembro, o Decreto 21583, dispondo sobre a instalação da FUFS. Era governador do Estado da Bahia, Dr. Luiz Viana Filho. O aludido decreto no seu artigo 4, constituía uma comissão composta pelo Sr. Joaquim Vieira de Azevedo Coutinho Neto (representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia), Geraldo Leite e a professora Maria Cristina de Oliveira Menezes (primeira professora engajada neste processo de implantação da FUFS, fazendo parte da Comissão de Implantação, bem como do Conselho Diretor durante os dez anos da existência do órgão.
No dia 27 de abril de 1970, o então Governador Luiz Viana Filho nomeou o primeiro Conselho diretor constituído por: Áureo de Oliveira Filho, Edivaldo Machado Boaventura, Fernando Pinto de Queiroz, Geraldo Leite, José Maria Nunes Marques, Wilson da Costa Falcão e Yeda Barradas Carneiro. Logo após a instalação, Áureo Filho e Wilson Falcão renunciaram por ser candidatos a Assembléia Legislativa. Para as vagas, foram convocados os suplentes, Maria Cristina Menezes e Jorge Leal.
O mandato do Presidente da Fundação era de dois anos, permitida a recondução, por isso Geraldo Leite ficou por dez anos, até 1979, quando renunciou. Em 26 de janeiro de 1976, o Conselho Federal de Educação aprovou autorização para o funcionamento da Universidade ficando o dia 31 de maio como o início do ano letivo e instalação da UEFS.
O Decreto de Nomeação do Primeiro Reitor, em 1976, trazia o nome de Geraldo Leite: “Aquela manhã de sol, que nem parecia inverno, dividiu a história da cidade em duas fases: antes e depois de 31 de maio de 1976. Nascia a UEFS como um sol a iluminar a princesa do sertão”.
Na solenidade de inauguração, o Governador do Estado da Bahia, Roberto Santos, Ex-Governadores Luiz Viana e Antonio Carlos Magalhães, além de grande número de autoridades, professores e funcionários festejaram esta grande iniciativa.
Em função deste esforço realizado para a criação da Universidade, os professores empossados em 1969 (por tanto, a quarenta e dois anos) já mereciam o importante título de Professor Emérito. É uma homenagem que a universidade está a dever. Aliás, não são só estes dois professores merecedores desta honraria outros igualmente merecem estarem nesta importante lista de destaques. As homenagens em vida são as verdadeiras. “Em matéria de história e de justiça a verdade esta sempre em marcha e nunca falha”, mas pode chegar tardia como no caso do Dr. Fernando Pinto.
Quero aproveitar esta coluna para destacar os reitores desta Universidade por ordem de seus períodos de trabalho pelo engrandecimento da educação e cultura da cidade de Feira de Santana: Geraldo Leite, José Maria Nunes Marques, Yara Maria Cunha Pires, José das Silva Mello, Anaci Bispo Paim, José Onofre Gurjão Boavista da Cunha, José Carlos Barreto de Santana.
Destaco neste momento que Luiz Viana quando recebeu Geraldo Leite e o deputado Wilson Falcão pleiteando uma Faculdade (a idéia inicial) trazida pelos mesmos indicou que o povo de Feira merecia uma Universidade, a partir de então a classe política baiana da época, teve destaque indispensável nestes processos. Deputados, governadores e prefeitos como João Durval Carneiro se uniram aos idealizadores e seus sonhos de Universidade. Sem esta união nada seria possível. Negar estes fatos é não reconhecer o grande numero de abnegados cidadãos que trabalharam sem honorários durante os dez anos que antecederam a inauguração da UEFS...
Uma das histórias mais completas e documentadas destes fatos está no livro Reminiscências de Geraldo Leite.
E assim, a cidade de Sant’Anna deixa de ser do “Ciclo do Couro” e “Entreposto Comercial” e passa a brilhar com atual vocação de Cidade Universitária pela intensa proliferação de instituições de ensino superior.

domingo, 8 de maio de 2011

Gil Mario- 100x100 cm, ast. Vegetação Nordestina nº I, 2011

Artes Visuais: Cultura e Criação


A valorização das artes visuais, a cultura e criação, se fazem através de respeitáveis cursos a nível lato sensu, a exemplo do disponibilizado pelo SENAC com a chancelaria do MEC. Para conferir esta experiência e com intuito de reciclar os conceitos das novas tendências contemporâneas, mergulhamos na teoria e prática apresentadas pelos tutores do curso, que nos disponibilizaram rico material didático e induziram a constante pesquisa por campos in
stigantes e inovadores tanto para artistas visuais, como para críticos de arte. O trabalho de pesquisa além de possibilitar novos conhecimentos e novas técnicas através do conteúdo teórico nos induz a experiência prática direcionando a resultados por caminhos diversos, como montagem, fotografias, colagens, manipulação digital, intervenções em praças e jardins e uma linguagem própria e rica quanto à propriedade do avanço tecnológico disponibilizado para as artes visuais.
Nesta última semana do mês de abril foi realizada na Galeria do Conselho, anexo ao Palácio da Aclamação, em Salvador, uma exposição coletiva denominada “Imagens-in: percepções diversas” com trabalhos resultantes das investigações e experimentações dos alunos do Curso de Especialização em Artes Visuais: cultura e criação, à distância, do SENAC- Bahia, turma de 2010, com curadoria da professora Priscila Lolata e apoio dos demais professores Adalberto Alves de Souza Filho, Carol Barreto, Maria Ângela Sena Gomes Teixeira e Vital Péricles Amorim Lima, que tiveram a possibilidade ao lado dos momentos de análise coletiva pela diversidade dos trabalhos apresentados e que me parece de qualidade desejada pelas opiniões captadas durante o vernissage. Portanto até o momento tenho a indicar este tipo de atividade cultural e artística, para os amigos e profissionais que pretendem estar sempre atualizados com o novo momento vivido pelas artes visuais globalizadas já que a rapidez das informações midiáticas nos transporta das "aldeias" para Paris em um segundo.
“Este é o resultado dos estudos, pesquisas e atividades práticas que os ingressos na terceira turma do curso desenvolveram. A proposta curatorial para Imagens-in: percepções diversas, dentro de um vasto campo de produção, priorizou a coerência estética dos trabalhos com os temas que deram origem às obras. Para a seleção das obras foram observadas também a qualidade artística relacionada à investigação, ao conceito e à experimentação. Uma das pretensões da curadoria é dar maior visibilidade a esses profissionais que lidam com o campo das artes visuais, mostrando a heterogeneidade na formação e nos objetivos dos que fazem o curso. Sem reduzir a importância da diversidade, respeitou-se o processo criativo de cada aluno e busco
u-se evidenciar as potências da criação artística. Assim, não nos distanciamos de um cunho didático envolvendo a proposta dessa curadoria, tão pouco, da idéia de que esta exposição possa ser um momento de reconhecimento de esforços e experimentações que envolvem uma especialização em artes”, segundo a curadora da mostra professora Priscila. Visitação até 27 de maio, das 09h ás 17h30min.
Alguns momentos dos alunos do curso ao lado dos seus trabalhos no vernissage:


Matéria publicada dia 3/05/2011 no Jornal Folha do Estado na Coluna “Artegaleria” de Ligia Motta

terça-feira, 5 de abril de 2011

Carlo Barbosa em Foco





Foto: Momento histórico, Jorge Amado, Gilberto Gomes e Carlo Barbosa extraído do site de Gilberto Gomes
Foto: Feirense Eduardo Portella, escritor e Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi Ministro da Educação e um grande mecenas de Carlo Barbosa
                                                                                                                                                     
Foto: "Flagelo de Lucas da Feira", ast, 240 x 150, 1987, do acervo do Museu Regional de Arte
O artista visual Carlo Barbosa (1945-1988), um detentor de extensa produção artística e respeito nacional em virtude de premiações, museus e galerias que participou, além de manter seu atelier no Rio de Janeiro. Quando morava em Feira de Santana era um colega de eventos culturais e sociais com um grupo de amigos como João Sérgio, Mário Tabarel, Eduardo Sampaio do Banco do Brasil, Redondo do Legoté, Léo Boca Preta, Moacir, Pedro Pernoite, Zé Coió e Fernandinho entre muitos outros das décadas de 60 e 70. Os encontros e reuniões no fim da noite na escadaria da prefeitura para bater papo e as boates, Caverna que foi de Modezil e a Espaçonave onde Carlinhos foi o design e idealizador da estrutura interna, segundo Zé Coió, funcionando atrás do restaurante Galo de Ouro e a Banda Trogloditas de Marcelo e Naron Vasconcelos são lembranças inesquecíveis.
Estas referências demonstram o afeto e admiração que tinha pelo cidadão e posteriormente pelo artista Carlo Barbosa quando foi para o Rio de Janeiro e teve o apoio do Ministro da Cultura, o feirense Eduardo Portela filho da professora Diva Portela. Lembro-me que de volta a Feira pintou para mim um macacão o qual abrimos a micareta do Clube de Campo Cajueiro. Este era Carlinhos, irmão de Conceição minha colega na Escola de Belas Artes da UFBA. Dr. Dival Pitombo diretor do Museu Regional de Feira de Santana, dizia com orgulho ter descoberto este talento das artes visuais, um dos poucos na década de 60. Talvez só Raimundo de Oliveira tenha antecedido as suas primeiras exposições.
Recentemente conheci uma irmã dedicada em preservar a memória artística de Carlinhos, Lucy Barbosa que vem desempenhando um belo trabalho à frente da Fundação Carlo Barbosa, inclusive envolvendo vários outros artistas feirenses beneficiados com suas ações.
Fui um dos primeiros a levantar bandeira em favor da obra de Carlinhos em Feira porque entendo que sua obra só é igualada ao grande Raimundo de Oliveira, artistas destacados antes da inauguração do Museu Regional de Arte há 44 anos.
A obra de arte e os artistas visuais notabilizados em Feira têm uma forte ligação com o museu. É a partir de então que surge arte pura, arte pela arte e Carlinhos é precursor desta geração. Com isto, quero dizer da importância do seu legado artístico e seu destaque entre os demais, sua vida termina sendo motivo de pesquisa como tantos outros. A vida e obra se confundem na elucidação dos motivos da criação. Vários exemplos se apresentam: Vincent Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, o nosso Raimundo de Oliveira (1930 – 1966) merecedor do livro “A Via crucis de Raimundo de Oliveira.”, onde fala da solidão, amargura e sofrimento além das aflições da vida. O escritor Jorge de Sena cita no texto que a “Policia avisou-me por telefone, que fora encontrado o corpo de Raimundo já em decomposição naquele hotel” Hotel São Bento em Salvador. Adiante, elogia dizendo que “foi um santo de casa que fez milagres maravilhosos”. E assim a vida e obra se misturam na busca pelo entendimento pleno. Neste mesmo livro, vários outros escritores se referem com carinho ao artista feirense como Antônio Celestino, Carlos Eduardo da Rocha, Edivaldo Boaventura, Eduardo Portella e Jorge Amado.
Outro exemplo de estudo vinculado à vida do artista é Vicent Van Gogh e o drama que o levou ao suicídio. Quando pintava “Os Girassóis” o mundo já estava escapando lentamente, mas inexoravelmente das mãos em desespero. “Talvez a superfície do quadro agitada, quase maníaca- reflita o estado de espírito do artista, que se aproximava do final trágico de sua vida breve”. Van Gogh terminou sua vida emocionalmente carregado, em 29 de julho de 1890, na cidade francesa de Auvers-sur-Oise.
São estas peculiaridades que muitas vezes estão ligadas diretamente a interpretação de uma obra prima para que o entendimento do tema, das simbologias e das pinceladas sejam justificadas na superfície pela de uma tela.
Dedico esta coluna a vida e obra de Carlinhos para não permitir que más interpretações distorçam minha intenção em valorizar um momento difícil do artista que soube tirar proveito das diversidades e produziu a obra prima do acervo do Museu Regional de Arte “O Flagelo de Lucas da Feira”.
Sinto-me honrado em manter por algum tempo esta obra, sob minha curadoria, como funcionário da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Obra que faço questão de priorizar, destacando o seu valor todas as vezes que leciono para alunos do Projeto “A Escola vai ao Museu” mantido pelo Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA).
Às vezes interpretações distorcidas em uma entrevista, suprimindo os justos elogios, podem causar mal entendimento ao leitor e ainda servir de gancho para outros críticos
por Gil Mário